quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Conceição das Crioulas

No fim de semana passado tive uma experiência fantástica que não veio até mim, mas o contrário. Para um urbano como eu que acha que percorrer 22Km todos os dias para chegar na Mediateam é longe, percorri 500Km dessa vez para trabalhar.



Raras vezes fui à Mediateam e não tive o sincero prazer em estar lá. Quem vê a Mediateam como eu vejo sabe o que digo. Mas, dessa vez, a experiência fantástica não foi dentro das dependências da empresa e normalmente os trabalhos externos não são tão divertidos quanto os que executamos todos juntos em nossa sala. Eu e Flavinha recebemos a missão de registrar a ação da ONG Espaço Feminista na comunidade quilombola Conceição das Crioulas que, embora pertença a Salgueiro, fica mata a dentro 45Km.

No curto espaço de tempo fizemos nosso trabalho com excelência (como sempre), mas voltamos para casa com algo mais do que fotos e vídeos. Voltamos com a vivência, mesmo que muito curta, de estarmos em um lugar totalmente contrário da nossa realidade.



Não vou conseguir passar para quem lê este post o que senti quando estive lá, mas diante do que julgamos, pobreza aqui não é a mesma coisa que lá e o que tem valor aqui provavelmente não será prioridade em Conceição, pois quando passamos muito tempo imersos nessa neurose urbana tendemos erroneamente a julgar que somos tão grandes quanto a nossa cidade, mas logo percebemos que já perdemos há muito tempo a pureza do viver simples e sincero que presenciamos por lá.




Quando olho para essa comunidade vejo que nós da capital estamos muito mais isolados do mundo do que eles e quando penso que lá falta muita coisa, logo percebo que somos nós da cidade que, as vezes, tiramos deles e ainda assim continuamos sem nada.

Conceição das Crioulas não precisaria de tanta ajuda se o governo não fosse tão atrapalhado, ausente e corrupto. Quem assistir o que filmamos no encontro que houve no núcleo comunitário de Conceição das Crioulas verá que as pessoas que lá falaram representam um força que nós das cidade, já tão alienados, não conseguimos ser mais. Quem escuta o que escutei naquele dia e vê o que vi naquela comunidade volta para casa com mais do que fotos e vídeos, volta com um novo ponto de vista do viver nesse mundo,volta com a satisfação de ter executado um trabalho que trará o bem para pessoas que merecem, volta com uma definição mais fiel de humildade.





Nesse fim de semana passado eu poderia estar descansando ou poderia ter feito essa viagem como um mero turista, mas fui trabalhar e talvez por isso que tenha sido tão diferente. Pensando bem, tudo que nós da Mediateam fazemos, por mais que pareça comum, sempre fazemos de uma maneira divertida e diferente.

Então completo que falei anteriormente; Quem vê a Mediateam como eu vejo sabe o que digo e sente o que sinto, pois é depois de um fim de semana de trabalho como esse que percebo que nós da Mediateam não somos nossas câmeras, nossos computadores e muito menos o dinheiro, somos um grupo de amigos muito unidos que fazemos de tudo e de vez em quando trabalhamos.

(.::Ricardo Maciel::.)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

5 de novembro Dia Nacional do Designer


Hoje venho parabenizar todos os Designers desse Imenso BRASIL!!!  Hoje é nosso o dia! devemos muito ao grande Aloísio Magalhães, e para quem não o conhece tem um resumo de sua história.



No dia 19 de outubro de 1998, o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, assinou um decreto instituindo o dia 5 de novembro como o Dia Nacional do Design, que começou a vigorar a partir
da data de sua publicação no Diário Oficial, o dia 20 de outubro do mesmo ano.
Esta data foi instituída em homenagem a um defensor do design no Brasil, o advogado, artista plástico, designer e planejador brasileiro Aloísio Magalhães, nascido em 5 de novembro de 1927.

Sendo um dos designers mais importantes de sua época, Aloísio desenvolveu projetos conhecidos nacional e internacionalmente, como a identidade visual da Petrobrás (alterada há alguns anos), o desenho das notas do cruzeiro novo e o símbolo do IV Centenário do Rio de Janeiro.

Participou do grupo de vanguarda “O Gráfico Amador” em Recife, na década de 60. Na mesma época, ganhou os principais concursos brasileiros de desenho de símbolos. Em 1962, participou da criação da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) e, em 1980, assumiu a Secretaria de Cultura do MEC.
Alóisio Magalhães sempre defendeu conceitos como a “brasilidade” do design e a recuperação da memória artística e cultural brasileira e foi sem dúvida, uma das figuras mais importantes da história do design brasileiro.

Entre seus trabalhos, o design das notas do cruzeiro novo é um dos mais conhecidos. Aloísio acabou com o conceito de “pé” e “cabeça” do dinheiro, criando uma moeda individualizada e reconhecida como inovadora mundialmente e influenciando todo modo de produção monetário no Brasil desde então.

O design brasileiro e a indústria nacional têm muito a agradecer ao empenho de Aloísio Magalhães, pois foi por esforço dele que hoje podemos identificar um avanço no entendimento do significado do design pelo empresariado. Este entendimento vem se reafirmando pelos resultados vivos obtidos pela indústria nacional através da efetiva inserção do design nos processos produtivos como ferramenta fundamental no  desenvolvimento de seus produtos e, pela sensível percepção dos resultados traduzidos na rentabilidade da produção, na racionalização de processos, na melhor adequadação de materiais e na preocupação com o impacto dos produtos no meio ambiente.

A mistura de todos estes fatores remete a uma produção caracterizada pelos diferenciais necessários para o aprimoramento do padrão de qualidade do produto nacional e para o bom desempenho na sua comercializaçã o nos mercados interno e externo.

A busca pela “brasilidade” nos produtos como identidade começou com a visão futurista do designer Aloísio Magalhães e vem se reafirmando a cada dia através do esforço dos profissionais de design e do bom entendimento da indústria.

fonte: apdesign

Parabéns a TODOS!